Quem mora em apartamento pode conviver em harmonia com animais de estimação e com os vizinhos, mas, para que isso ocorra, o zootecnista e médico-veterinário Marcos Horácio de Souza avisa que a dedicação e a responsabilidade dos donos dos mascotes devem ser redobradas.
Com relação aos cães, que estão entre os prediletos das famílias, os de pequeno porte como yorkshire, poodle toy, lhasa apso e pincher são os mais indicados. O especialista ressalta, no entanto, que tão importante como selecionar a raça ideal é se atentar para a personalidade do animal.
Arquivo/DNP
Condicionamento para não ter móveis destruídos deve começar cedo
"Se ainda filhote, o cão demonstrar que é muito curioso e agitado e que gosta de morder e correr demais, ele já dá sinais de que não é o adequado para espaços reduzidos, como um apartamento", ilustra.
Depois de escolher o menos ativo e levá-lo para a nova casa, é hora de o dono começar a investir em um aspecto que será determinante para que tenha uma boa companhia canina no futuro: o condicionamento.
De acordo com Souza, os limites devem ser impostos assim que o cachorro tiver o primeiro contato com o lar. Com a orientação de um especialista e muita força de vontade, afirma o zootecnista, pode-se ensiná-los a controlar o latido, não destruir objetos, a defecar e urinar em locais apropriados.
PERSONALIDADE
“Se ainda filhote o cão
demonstrar que é muito
curioso e agitado, é sinal
de que não é apropriado
para apartamentos”
Marcos Horácio de Souza
Médico-veterinário
e zootecnista
A professora Maria Joana Casagrande é proprietária de Érus, um poodle de 12 anos. Ela comprova que condicionar os cães é uma questão de empenho por parte dos donos.
"Em 15 dias, ele aprendeu que as necessidades só podiam ser feitas no jornal e que estava proibido de latir à toa. Apesar de ele ter assimilado rapidamente os comandos, foram horas de treino", destaca.
Outro transtorno comum aos moradores, provocado por causa da presença de cães em apartamentos, é a quantidade de pelos espalhados pelo imóvel.De acordo com Souza, essa é uma situação que pode ser amenizada com uma visita quinzenal aos locais que realizam banho e tosa.
"São fatores benéficos tanto para a relação entre o dono e o animal, como entre o dono e os outros condôminos, que não têm que conviver com mau cheiro e pelos nas áreas comuns do prédio", ressalta.
No quesito "boa vizinhança", Maria Joana diz estar bem servida. Ela assegura que Érus nunca foi o pivô de problemas entre ela e os demais moradores do condomínio.
Para prezar pela relação amistosa com os vizinhos, o veterinário recomenda que ao sair do apartamento para levar o animal para passear, uma rotina precisa ser repetida.
"Os donos deve fazer o uso do elevador de serviço e ter sempre em prontidão saco plástico e papel para recolher as fezes deixadas pelos bichanos", frisa. Ele acrescenta que o ideal para a saúde do bicho é levá-lo, pelo menos, duas vezes por dia para passear.
Fonte: odiario.com - Fábio Castaldelli
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