Líder na produção de grãos e de bovinos no Brasil (29 milhões de cabeças, segundo a Embrapa), Mato Grosso também é dono do maior plantel de touros de rodeio do país. A estimativa, de acordo com os principais tropeiros do estado, é que sejam cerca de 1 mil animais na região.
Uma das principais tropas do estado é Companhia Zeca de Juína, do proprietário José Lima. Alguns de seus touros estiveram no rodeio de Cuiabá, realizado em julho. "No ano passado, levamos o título de melhor tropa e tudo isso serve de incentivo para aprimorarmos nosso trabalho", diz.
Lima, que é piloto de avião e pecuarista na cidade de Juína (norte mato-grossense), conta que a criação dos touros é um hobby para a família e que nunca sentiu necessidade de vender os animais. Entre os considerados de primeira linha está o touro Predador, avaliado em cerca de R$ 70 mil. A média do mercado para esses bovinos fica em torno de R$ 20 a 30 mil. Além de Predador, outros três são considerados "tops" pelo criador: Pantano, Comando Vermelho e Lobão.
Durante as classificatórias do PBR Cuiabá, etapa do Campeonato Brasileiro de Montaria em Touros, Predador foi o que possibilitou a maior nota das quatro noites, 89,5 pontos, na montaria do caubói Roberto Rivelino, vencedor do primeiro round.
Segundo o tropeiro, o trabalho custa caro. Cada animal demanda um investimento mensal de R$ 180 apenas com alimentação e vermífugos - pode-se levar seis anos para o animal atingir o alto nível. "O treinamento começa quando o animal ainda é garrote fase entre bezerro e boi", afirma. Atualmente, a Companhia Zeca de Juína possui 45 touros.
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