Você vai conhecer a graduação em zootecnia, o curso ideal para quem gosta de bichos e tem tino para os negócios
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No próximo programa você vai conhecer a graduação em zootecnia, o curso ideal para quem gosta de bichos e tem tino para os negócios
Curso de Zootecnia forma alunos para a indústria de produção animal
Conheça a graduação da Unesp e qual deve ser o perfil do zootecnista
O curso de Zootecnia é relativamente novo no Brasil. Em 1966, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) inaugurava a primeira turma, 15 anos após a criação da Sociedade Brasileira de Zootecnia (SNZ). No caso da Universidade Estadual Paulista (Unesp), cenário do programa do Globo Universidade, exibido no dia 1º de dezembro, a graduação para a formação de zootecnistas iniciou suas atividades em 1977, na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, com apenas vinte vagas.
Aluna do curso de Zootecnia da Unesp
(Foto: Divulgação)
Atualmente, o curso da Unesp conta com 60 vagas e a formação do aluno é feita em cinco anos, sendo os dois primeiros de disciplinas de formação básica e geral, seguidos de dois anos de formação profissional. No último ano, o aluno se dedica a estágios supervisionados obrigatórios, que são realizados em fazendas, empresas, indústrias e instituições públicas ligadas ao campo da Zootecnia e cadastradas pela faculdade.
De modo geral, o curso de Zootecnia tem o objetivo de formar profissionais com conhecimentos técnicos e científicos específicos, para atender às demandas da indústria de produção animal brasileira. Durante sua formação, o aluno aprende sobre diversos segmentos das cadeias de produção de carnes, leite, ovos, lã e outros produtos de origem animal. Aprende, também, sobre a fabricação de rações e outros insumos, melhoramento genético, manejo dos rebanhos e industrialização e comercialização dos produtos de origem animal. O campus da Unesp conta com três fazendas, onde se criam peixes e rãs, frangos de corte, galinhas e codornas, gado bovino de corte e de leite, suínos, búfalos, caprinos, ovinos, abelhas, coelhos e equinos.
O curso possui dois departamentos: o de Produção Animal e o de Melhoramento Genético e Nutrição Animal. Ao longo da formação, os alunos aprendem as bases para atuação do zootecnista, abrangendo matérias como Material Genético, incluindo como produzir material genético e animais para a reprodução; Nutrição, na qual é abordada a alimentação dos animais, produção de alimentos, formulação de rações e gerenciamento de fábricas de ração; Manejo, com cuidados para cada categoria de animais com vistas a obter o máximo poder produtivo, ou reprodutivo. Além disso, o aluno estuda disciplinas como Ambiente, na qual aprende a projetar instalações adequadas, com o tamanho correto para o conforto de determinada criação; Sanidade animal, que aborda os cuidados que devem ser tomados para produzir um animal saudável.
Algumas disciplinas são comuns aos cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia. A diferença está na carga horária. Os alunos de Veterinária, por exemplo, também têm aulas de produção animal, sendo sua carga horária de 60 horas, ao passo que a dos alunos de Zootecnia é de 75 horas. Essa diferença de horas permite que as duas áreas tenham noções básicas e necessárias sobre vários assuntos, mas se aprofundando somente naquelas mais importantes para cada profissão. Por exemplo: os alunos de Veterinária têm aulas de suinocultura, avicultura, bovinocultura de corte e bovinocultura de leite. Os de Zootecnia têm, além dessas quatro, aulas de capricultura, ovinocultura e equicultura, além de aquinocultura.
Perfil do zootecnista
Segundo consta no projeto político pedagógico do curso de Zootecnia da Unesp, o zootécnico deve estar atento às frequentes mudanças nos conhecimentos que rondam sua profissão e que são rapidamente incorporadas nos processos produtivos. Os profissionais da área devem ser dinâmicos e conscientes de sua responsabilidade em buscar contínuo aprimoramento e aperfeiçoamento, que os permitam identificar e solucionar problemas por meio do raciocínio lógico, interpretativo e analítico.
Devem possuir, também, a capacidade de comunicação e de integração com os vários agentes que compõem os complexos agroindustriais, de forma a atuar em diversos contextos, proporcionando o desenvolvimento e garantindo a qualidade de vida dos cidadãos e o bem-estar dos animais, respeitando os princípios éticos, humanistas, culturais e de preservação e recuperação do ambiente.
Algumas universidades que oferecem graduação em Zootecnia no Brasil
Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Tel.: (43) 3371-4000
https://www.uel.br
Universidade Paulista (Unip)
Tel.: 0800 010 9000
https://www.unip.br/
Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)
Tel.: (65) 3615-8000
https://www.ufmt.br
Universidade de São Paulo (USP)
Tel.: (19) 3565-4284
https://www.usp.br/fzea/
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Tel.: (34) 3218-2490
https://www.portal.famev.ufu.br/node/62
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Tel.: (71) 3283-6701
https://www.zootecnia.ufba.br/
Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Tel.: (44) 3011-4919
https://www.dzo.uem.br/
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Puc-RS)
Tel.: (055) 3413-6464
https://www.pucrs.campus2.br/fzva/
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Brasil apresenta mercado promissor para profissionais de Zootecnia
Confira quais são as atividades demandadas nas principais regiões do país
Para quem opta pela área de Zootecnia, alguns segmentos do mercado de produção animal não poderiam estar melhor. Conforme destaca o professor Edvaldo Antonio Garcia, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o Brasil é, atualmente, o maior exportador de carne de frangos do mundo e o terceiro em produção deste tipo de animal. Além disso, o país está em sétimo lugar em produção de ovos e é o quarto em produção de carne suína, bem como segundo na produção de carne bovina.
O Brasil é o segundo país do mundo em
produção de carne bovina (Foto: Divulgação)
“A indústria ‘pet’, incluindo principalmente cães e gatos, tem mostrado também acentuado crescimento nos últimos anos. Além disso, ocupamos a 10° posição mundial na produção de mel. Enfim, temos um mercado interno grande e um externo em plena expansão. Com isso, há a exigência de um profissional em Zootecnia extremamente capacitado e diferenciado”, explica o professor Edvaldo.
Mas quais são as regiões do país que mais absorvem a mão de obra do zootecnista?
Segundo a professora Simone Fernandes, também da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp, as regiões Norte e Centro-Oeste demandam esse tipo de profissional, que trabalha com atividades de bovinocultura de corte, aves e suínos, pois são áreas de grande produção de grãos. “Na Região Sudeste, temos o zootecnista atuando na produção de leite e na Região Sul na produção de suínos”, destaca.
Já na Região Nordeste, as oportunidades na área de Zootecnia são referentes à criação de caprinos, ovinos e avestruzes, bem como a de peixes e camarões. No outro extremo do país, na Região Sul, bem como nos estados de Mato Grosso e Rondônia, há vagas para atuar em fazendas e propriedades rurais, nas quais há necessidade de planejamento rural e de saúde animal.
Com o crescimento da demanda por carne orgânica, que requer uso controlado e restrito de hormônios e medicamentos nos animais, por exemplo, aumenta também a procura por zootecnistas. Alem de laboratórios de pesquisa e biotecnologia, Simone lembra que esse profissional pode atuar em fábricas de ração, englobando pequenos e grandes animais; e em frigoríficos, incluindo empresas de exportação de produtos de origem animal.
Diante de um mercado tão diversificado, e espalhado por todo o país, quais são os tipos de especialização que o zootecnista deve fazer para agregar valor à sua profissão? Com relação a essa pergunta, Simone aponta que o profissional deve optar por especializações nas áreas do agronegócio, administração, MBA, marketing, bem como em informática, já que muitas empresas atuam no desenvolvimento de softwares de gestão específicos para a área.
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Conheça o papel do zootecnista em alguns tipos de criação animal
Profissional é responsável da nutrição ao melhoramento genético
Com o melhoramento da nutrição, é possível
otimizar a produção de leite (Foto: Divulgação)
Seja na criação de bois, cavalos, ou abelhas, não importa o tamanho do animal, o papel do zootecnista é fundamental. Ele atua não só na produção e aprimoramento genético de cada tipo de criação, mas também no seu manejo correto, com vistas a obter o máximo do poder produtivo, ou reprodutivo, de cada espécie. Para isso, o zootecnista trabalha em várias frentes, desde a alimentação desses animais, formulando rações que potencializem a produção, por exemplo, ao planejamento do ambiente físico no qual eles vivem. Ou seja, esse profissional está apto a projetar instalações com o tamanho correto para o conforto e a saúde dos animais, mas sem deixar de levar em conta a otimização da produção.
O programa do Globo Universidade sobre Zootecnia, exibido no dia 1º de dezembro, mostrou exemplos de como o zootecnista pode atuar junto a diferentes tipos de criação. É o caso do estudante Felipe Antonio Parisi, que está na reta final do curso de Zootecnia da Unesp (Universidade Estadual Paulista). Sua escolha de profissão se deu por um motivo: seu pai tem uma propriedade de gado de leite, e Felipe cresceu no meio rural. O pai não tem formação superior, apenas cursos técnicos, e sempre incentivou o filho a estudar. Com sua entrada na universidade, ele aliou a prática que a família já tinha com o trabalho na terra ao saber acadêmico, aplicando o que aprendia nas aulas na fazenda. Essas técnicas, somadas ao conhecimento prático, ajudaram a alavancar a produção.
Pai e filho investiram no melhoramento genético de seus animais, bem como na nutrição do gado, fornecendo alimento rico em nutrientes, proteínas e carboidratos. Com essas mudanças, as vacas aumentaram a produção de leite de 15 para 27 litros por dia.
A zootecnista Adriana Fava desenvolveu pesquisa
na área da apicultura (Foto: Divulgação)
Como explica a zootecnista Adriana Fava, grande parte dos profissionais que atua com ruminantes trabalha justamente no desenvolvimento da dieta desses animais: “Quanto mais explorada é a questão da nutrição, maior vai ser o rendimento do produtor. No bovino, por exemplo, o melhoramento da alimentação gera um rendimento melhor de carcaça, com boa gordura de cobertura. Ou seja, o produtor recebe mais por esse animal. O zootecnista atua também com inseminação artificial, que está ligada ao melhoramento genético. É preciso lembrar que o zootecnista prioriza o bem-estar do animal, ou seja, exploramos, mas sem causar nenhum dano a ele”.
Partindo para animais de pequeno porte, durante dois anos, Adriana desenvolveu uma pesquisa de iniciação científica cujo objetivo foi o de analisar a quantidade de proteína contida no pólen. A proposta foi a de auxiliar o apicultor na produção de mel e na criação de abelhas, além de monitorar se os níveis de nutrientes do alimento produzido estavam dentro da legislação vigente para consumo humano.
“No caso da apicultura, por exemplo, mostramos aos produtores o melhor método para se fazer o manejo das abelhas, para que ele consiga tirar o melhor proveito, com uma produção de boa qualidade, mas sem afetar o bem-estar dos animais. Na apicultura racional, utilizamos uma colmeia padrão, com uma medida certa. Ensinamos ao produtor que se ele quer produção de mel, é preciso observar a postura da abelha rainha. Se perceber que a colmeia está com pouca abelha, é preciso transferir o enxame para uma caixa menor, pois assim a temperatura do sistema fica mantida com menos gasto de energia por parte desses animais. Além disso, podemos alimentar artificialmente as abelhas com um xarope composto, basicamente, de açúcar com água”, conta Adriana, que destaca a parceria da Unesp com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para capacitar apicultores.
Veja os bastidores do Globo Universidade sobre zootecnia
Equipe do programa acompanha três alunos da Universidade Estadual Paulista (UNESP), em Botucatu, São Paulo:
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Fonte: https://redeglobo.globo.com/globouniversidade